Caros confrades e leigos, estamos chegando ao final do mês de outubro que é dedicado à reflexão e a ação missionária bem como a Maria, a qual configura em si as dimensões de discípula-missionária do seu Filho Jesus Cristo. Como mãe, Maria está presente na vida de todos os seguidores de Cristo mostrando o caminho que leva a Ele. Pois ela é a discípula que alcançou o grau máximo do seguimento (cf. Documento de Aparecida, n 266). Desse modo, nos educa na fé para nos aproximarmos cada vez mais de seu Filho até porque, desde a anunciação até a morte e ressurreição esteve junto d’Ele fazendo com isso a verdadeira experiência do encontro com o Deus da vida.

            A realidade do mundo hodierno, marcada amiúde por guerras, fome, catástrofes naturais e mudanças climáticas, gera dor e sofrimento a tantas pessoas. Da outra parte, os sinais de vida presente na realidade mundial, conjugados com os gestos de solidariedade entre os seres humanos enchem de esperanças nossos povos, e, ao mesmo tempo, dá força e coragem para lutar por vida mais digna para todos. Neste sentido, o próprio lema da Conferência de Aparecida (2007): “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que Nele nossos povos tenham vida”, tem incluso o tema da esperança, seja no ser discípulos, seja no ser missionário. Por isso, a ação missionária dos seguidores de Jesus é uma ação de esperança, a exemplo de Maria que ao visitar Isabel (Lc 1-,39-45) leva alegria e solidariedade a prima idosa e grávida. Assim, deve ser a presença missionária do discípulo seguidor dos passos de Jesus no hoje da história. Destarte, como Maria é a primeira e a mais perfeita discípula de seu Filho, nos ensina a sermos discípulos dele (cf. Documento de Aparecida, n. 43), construindo com isso a esperança. Pois, “[…] o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Documento de Aparecida, n. 146).

            Neste itinerário, descobre-se o valor do seu existir, podendo, com isso, pautar sua vida na liberdade, na alegria e na viva esperança do encontro com Deus (cf. Documento de Aparecida, n. 42). Pois: “no coração e na vida de nossos povos pulsa um forte sentido de esperança, não obstante as condições de vida que parecem ofuscar toda esperança. Esta se experimenta e se alimenta no presente, graças aos dons e sinais de vida nova que se compartilha; compromete-se na construção de um futuro de maior dignidade e justiça e aspira ‘os novos céus e a nova terra’ que Deus nos prometeu em sua morada eterna” (Documento de Aparecida, n. 563).

Maria por sua disponibilidade e abertura ao plano de Deus tornou-se protótipo da discípula-missionária da esperança para toda humanidade, quando na ocasião da anunciação do anjo (cf. Lc 1,26-38) colabora com os planos de Deus recebendo em seu seio o autor da vida. Assim: “E quem mais do que Maria poderia ser para nós estrela de esperança? Ela que, pelo seu ‘sim’, abriu ao próprio Deus a porta do nosso mundo. Ela que se tornou a Arca da Aliança viva, onde Deus se fez carne, tornou-se um de nós e veio morar no meio de nós (cf. Jo 1,14)” (Spe Salvi, 2007, n. 49).

 Deste modo, pelo seu “sim”, Maria tornou possível a esperança dos milênios anunciada pelos profetas. E, como mãe, carregando o Deus da vida, não fica estagnada no seu canto, parte para ajudar e anunciar a boa notícia a sua prima (cf. Lc 1,39ss). Tornando-se com esse gesto a imagem da Igreja futura, “[…] que em seu seio leva a esperança do mundo pelos montes da história”. (Spe Salvi, 2007, n. 50).

Como mãe e discípula, Maria permanece junto de seu Filho na Cruz (Jo 19, 25-27) até sua entrega ao Pai (Jo 19,30). Na dor caminha na esperança para a manhã da Páscoa. Quando a alegria da ressurreição encheu seu coração completando a esperança conclamada na anunciação e nos sinais de Jesus. Por isso, podemos dizer: “Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe nossa, ensinai-nos a crer, esperar e amar convosco” (Spe Salvi, 2007, n. 50). Porque pelo vosso “sim” vos tornaste a Mãe da esperança, do amor e da solidariedade, pois vos tornaste a mãe de Deus e nossa mãe.

Comunicados:

28 de outubro – encontro da Família Religiosa Nossa Senhora do Carmo, Novo Progresso–PA.  

28 de outubro – Festa do Padroeiro da Paróquia São Judas Tadeu de Castro–PR.

01 de novembro – aniversário Pe. Vandir Santo Freo, parabenizamos pelo aniversário natalício, que a graça e a bênção de Deus sejam abundantes em sua vida.

Do dia 01 à noite ao dia 03 de novembro – encontro dos amigos Cavanis, ex-seminaristas Cavanis no Cenáculo Cavanis, Castro–PR. 

A respeito do gesto concreto do mês missionário, para ajudar na construção dos seminários no Timor-Leste e Congo, encaminhar à cúria provincial a fim de repassar ao Governo Geral. Fraternalmente,

Padre Rogério Diesel, CSCh – Superior provincial