O celebrante logo no início do rito do Batismo pergunta aos pais o que eles pedem à Igreja para os filhos, as respostas sugeridas pelo ritual podem ser: “o Batismo, a fé”, assim, os pais neste diálogo com o celebrante pedem além do Batismo, o inserimento na Igreja e em Cristo do filho, tendo fé em Cristo como chave para a vida eterna (cf. Bento XVI, 2007, Spe Salvi, n. 10), ou seja, para a vida dos bem-aventurados, que possuem os frutos da redenção operada por Jesus Cristo, pela sua morte e ressurreição (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1026).
Paulo, ao escrever à comunidade de Corinto no capítulo 15, reafirma o cerne da fé cristã: Cristo morreu, mas ressuscitou. Por isso, a morte foi tragada pela vitória de Cristo, e nossa esperança reside no Cristo vivo, que nos concede a vitória e nos reveste de incorruptibilidade. A ressurreição de Cristo nos revela a perspectiva da imortalidade e da comunhão eterna com Deus. Essa perspectiva nos abre o horizonte da vida plena em Deus, onde a morte será definitivamente vencida, pois, em Cristo, ela perdeu seu poder. Assim, a esperança da vida em Deus nos motiva a viver o Evangelho, conscientes de que nossa caminhada terrena está orientada para a plenitude da vida em Deus, na pátria celeste.
O ser humano, no dia do seu nascimento, comemora o seu dia natalício, o início de sua vida neste mundo maravilhoso criado por Deus. Assim, de forma geral, o aniversário é o dia de celebrar a vida e os anos vividos. Na Igreja, desde longa data, existe o costume de celebrar a memória litúrgica dos santos no dia de sua morte, de sua páscoa, ou seja, o dies natalis (dia do nascimento para o céu). Quando a Igreja declara um de seus filhos santo, estabelece, sempre que possível, o dia da morte do santo – o dies natalis – como data de sua memória litúrgica, e não o dia do seu nascimento terrestre. Dessa forma, a Igreja professa que a morte não é o fim para o ser humano, mas a páscoa para a vida eterna em Deus.
Nós, Cavanis, celebraremos no dia 12 de março o dies natalis do Pe. Antônio Ângelo Cavanis e no dia 16 de março o do Pe. Basílio Martinelli. Pe. Antônio Cavanis nasceu ao som dos sinos da Igreja de Santa Eufêmia, em Veneza, no dia 16 de janeiro de 1772, e fez sua páscoa no dia 12 de março de 1858. Pe. Basílio nasceu no dia 27 de dezembro de 1872, em Calcerânica, e fez sua páscoa no dia 16 de março de 1962, em Possagno.
No dies natalis dos veneráveis padres Antônio e Basílio, não celebramos a morte, mas sim a vida deles, pois se pode comemorar tal data para os que são veneráveis e estão no processo de beatificação na Igreja. Além disso, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica n. 1682: «o dia da morte inaugura para o cristão, no termo da sua vida sacramental, a consumação do seu novo nascimento começado no Batismo, o definitivo ‘assemelhar-se à imagem do Filho’, conferido pela unção do Espírito Santo e pela participação no banquete do Reino, antecipada na Eucaristia, ainda que algumas derradeiras purificações lhe sejam ainda necessárias, para poder vestir o traje nupcial».
Muitas pessoas que participaram do “velório” de três dias do Pe. Antônio Cavanis manifestavam-se “convencidas” de que havia morrido um santo. Além disso, Pe. Sebastião Casar, em seu elogio fúnebre, destacou que Pe. Antônio foi um homem terno, santo e totalmente entregue a Deus. Ele viveu a caridade para com os irmãos, doando-se inteiramente em prol da obra que fundou juntamente com seu irmão, Pe. Marcos, dedicada especialmente à educação de crianças e jovens. Desde a infância, Pe. Antônio foi uma pessoa piedosa e zelosa em suas práticas religiosas, vivendo de maneira virtuosa, no recolhimento e na humildade. Sua presença constante entre os jovens era uma fonte de alegria para todos. As conferências (ou formações) espirituais que ele ministrava eram frequentadas e ouvidas com grande atenção, não apenas pelos jovens, mas também em algumas ocasiões por eclesiásticos. No atendimento às confissões, agia com doçura, ajudando os penitentes a viver a contrição e a celebrar a misericórdia de Deus. Em sua vida, buscou incessantemente fazer a vontade divina, como expressava na jaculatória que também nós repetimos: «seja feita, louvada e eternamente exaltada a justíssima, altíssima e amabilíssima vontade de Deus em todas as coisas».
Pe. Basílio, por sua vez, na prospectiva da vida em Deus se expressa com as seguintes palavras: «o Paraíso é belo. O que são todas as belezas do mundo em comparação dele? O Paraíso é meu. Jesus o adquiriu com as suas dores. O Paraíso está perto. A figura deste mundo passa … Estou a porta e bato…» (Leone Dogo, Uma jornada, uma vida… Padre Basílio Martinelli, Instituto Cavanis, 1997, p. 48)
As datas dos dies natalis dos fundadores e do Pe. Basília são uma ocasião para recordar e honrar a trajetória de fé e caridade desses servos de Deus, que estão no processo de beatificação na Igreja. Outrossim, caro confrades e leigos continuemos rezando pela beatificação de nossos Veneráveis Padres Antônio e Marcos Cavanis e do Pe. Basílio Martinelli.
Comunicados:
– No dia 05 de março 2025 em reunião extraordinária o Provincial com seu Conselho, admitiu à primeira profissão religiosa o Noviço Kain Patrick Domingues Dias, que fará a profissão dos Votos na Paróquia São Sebastião de Ortigueira no dia 13 de abril. Também admitiu ao Ministério do Leitorato o Religioso Hugo Bergamasco Morais, que está fazendo o tirocínio em Veneza.
– 11 de março – Encontro da Família Religiosa Mãe da Divina Graça em Ortigueira.
– 12 de março – Aniversário natalício do Pe. Josoé Francisco Zanon, parabenizamos pelo seu aniversário natalício e que a graça e a bêncão de Deus sejam abundantes em sua vida.
– 12 de março – Dies natalis de Pe. Antônio Angelo Cavanis.
– 16 de março – Dies Natalis de Pe. Basílio Martinelli.
– 12 de março – Dia do Educador Cavanis.
Fraternalmente,
Padre Rogério Diesel, CSCh – Superior provincial