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HABEMUS PAPA LEÃO XIV – XIX BOA SEMANA, CAVANIS!

O nome Leão remete às simbologias de força, nobreza e bravura, qualidades que levaram muitas pessoas a receberem a menção de tal nomenclatura, como foram os Fundadores Antônio e Marcos Cavanis, qualificados como os dois leões de Veneza; outras pessoas adotaram-no como nome próprio ou título.
Boa semana, Cavanis!
Boa semana, Cavanis!

O nome Leão remete às simbologias de força, nobreza e bravura, qualidades que levaram muitas pessoas a receberem a menção de tal nomenclatura, como foram os Fundadores Antônio e Marcos Cavanis, qualificados como os dois leões de Veneza; outras pessoas adotaram-no como nome próprio ou título. Entre essas, destacam-se 14 Papas que, após serem eleitos sucessores de Pedro, escolheram Leão como nome papal.

São Leão Magno foi o primeiro Pontífice Romano a adotar esse nome significativo após sua eleição como sucessor de Pedro. Foi eleito em 29 de setembro de 440 e conduziu a Igreja de Cristo até outubro de 461. Combateu as heresias e defendeu com veemência a unidade da Igreja. Durante seu pontificado, foi celebrado o Concílio de Calcedônia (451), que, de certa forma, encerrou as controvérsias cristológicas sobre as duas naturezas de Cristo. No Concílio, foi declarado que Cristo é uma só pessoa, com duas naturezas, ou seja, a divina e a humana, após a encarnação. Pois, «um só e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação, não sendo de modo algum anulada a diferença das naturezas por causa da sua união, mas pelo contrário, salvaguardada a propriedade de cada uma das naturezas e concorrendo numa só pessoa e numa só hipóstase; não dividido ou separado em duas pessoas, mas um único e o mesmo Filho, unigênito, Deus Verbo, o Senhor Jesus» (Denzinger – Hünermann, Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé, São Paulo, 2007, n. 302). O Papa Leão Magno com a carta Lectis delectionis tuae (13/06/449) ao bispo Flaviano de Constantinopla, lida no Concílio de Calcedônia estabeleceu as bases para as definições conciliares. Além disso, Leão Magno foi ao encontro de Átila rei dos hunos persuadindo-o a não invadir Roma.  Leão foi denominado de Magno pela veemência com que buscou manter a unidade da Igreja durante seu pontificado.

Leão II (682 a 683) instituiu a aspersão da água benta sobre o povo nas celebrações religiosas.

Leão III (795 a 816) sagrou Carlos Magno Imperador.

Leão IV (847 a 855) foi o primeiro Papa que colocou datas nos documentos oficiais do Vaticano.

Leão V (julho de 903 a setembro de 903) após poucos dias da eleição foi obrigado a afastar-se do pontificado pelo Capelão da corte Cristóvão, que almejava o trono papal.

Leão VI (maio de 928 a dezembro de 928). No seu curto pontificado disponibilizou grande esforço pela paz em Roma.

Leão VII (936 a 939). De origem beneditina promoveu a reforma monástica dentro do espírito de Cluny.

Leão VIII (963 a 965). No seu pontificado proibiu a entrada dos leigos no presbitério na celebração das funções solenes.

Leão IX (1049 a 1054). Eleito Papa entra em Roma como forma de humildade a pé descalços. Promoveu a demissão dos simoníacos, também dotou com os princípios básicos do direito canônico o papado.

Leão X (1513 a 1521). No seu pontificado estabeleceu que somente o Papa pode convocar, transferir e dissolver um Concílio.

Leão XI (1 de abril de 1605 a 27 de abril de 1605). Dedicado à vida ascética, mas preocupado com a tomada de posse da Sede em São João de Latrão e por motivos de saúde morre antes de um mês da sua eleição.

Leão XII (1823 a 1829). Foi incentivador das missões. Assinou concordatas com os Estados Europeus e Americanos. (cf. Joaquim de Siqueira Nunes, Vida, ações e reações dos Papas de Pedro a Bento XVI, São Paulo, 2007).

Leão XIII (1878 a 1903). Com formação, além da filosófica e teológica, também na diplomacia vaticana foi Núncio em Bruxelas – Bélgica, depois bispo de Perugia onde refletiu sobre a relação da Igreja com a sociedade moderna e a renovação da filosofia cristã, sobretudo a partir de São Tomás de Aquino. Leão XIII foi eleito com 68 anos de idade em 02 de fevereiro de 1878. No seu longo pontificado além de escrever muitos documentos, 86 encíclicas, também incentivou o progresso da ciência e o estudo da Sagrada Escritura. Além disso, manteve diálogo com as autoridades políticas, favoreceu a expansão do catolicismo nos Estados Unidos. Defendeu o direito dos trabalhadores e publicou a Encíclica Rerum Novarum (15/05/1891), que se tornou a base da Doutrina social da Igreja desenvolvida desde então. Nela o Papa expressa seu pensamento sobre a questão social do seu tempo e abre a prospectiva da Igreja, por meio dos Papas, de envolver o povo Cristão na construção da sociedade e na promoção do bem comum (cf. Pierre Bigo, Doutrina Social da Igreja, São Paulo, 1969, pp. 58-59).  Na Encíclica In Plurimis (05/05/1888) se posiciona de forma veemente contra a escravidão, critica o direito de vida e de morte que os proprietários tinham sobre os escravos. Faz um elogio ao Imperador do Brasil Dom Pedro II e sua filha a Princesa Isabel pelo esforço em extinguir completamente a vergonha da escravidão do Brasil. A lei áurea foi assinada 8 dias depois da publicação da Encíclica In Purimis (05 de maio de 1888) no dia 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel.

Leão XIV, o cardeal Robert Francis Prevost eleito no dia 08 de maio de 2025 adotou o nome de Leão XIV, segundo suas próprias palavras: «justamente por me sentir chamado a seguir nessa linha, pensei em adotar o nome de Leão XIV. Na verdade, são várias as razões, mas a principal é porque o Papa Leão XIII, com a histórica Encíclica Rerum novarum, abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial; e, hoje, a Igreja oferece a todos a riqueza de sua doutrina social para responder a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho» (Audiência aos membros do Colégio Cardinalício, DISCURSO DO PAPA LEÃO XIV, Sábado, 10 de maio de 2025, in ULR: <https://www.vatican.va/content/leo-xiv/pt/speeches/2025/may/documents/20250510-collegio-cardinalizio.html>).

            Robert Francis Prevost nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago Estados Unidos. É o primeiro membro da Ordem de Santo Agostinho que foi eleito Papa, na qual emitiu a primeira profissão dos votos em 2 de setembro de 1978 e em 29 de agosto de 1981 fez a profissão solene. Depois dos estudos de filosofia e teologia é enviado para Roma onde estudou Direito Canônico na Universidade Santo Tomás de Aquino – Angelicum, onde conseguiu o Mestrado e o Doutorado. Foi ordenado sacerdote no dia 19 de junho de 1982. Foi eleito Provincial da Província Mãe do Bom Conselho – Chicago em 1999 e em 2001 foi eleito Prior geral (Superior Geral) dos agostinianos, sendo reeleito em 2007. Em 2013 retorna aos Estados Unidos onde trabalhou na formação, sendo também vigário provincial. Em 3 de novembro de 2014 foi nomeado bispo titular de Sufar e administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo. É ordenado bispo no dia da Padroeira da América Latina, Nossa Senhora de Guadalupe em 12 de dezembro 2014. Seu lema episcopal – In Illo uno unum – embora nós cristãos somos muitos em Cristo somos um. Em 26 de setembro 2015 foi transferido para a sede episcopal de Chiclayo. No dia 30 de janeiro de 2023 foi nomeado Prefeito do Dicastério para os Bispos. Poucos meses mais tarde no dia 30 de setembro 2023 foi criado Cardeal e no dia 8 de maio de 2025 é eleito Romano Pontífice, escolhendo Leão XIV como nome (cf. L’Osservatore Romano, Anno CLXV n. 106 (49.915), edizione straordinaria giovedì 8 maggio 2025, ore 19,58, in ULR: <https://www.vatican.va/content/dam/vatican/special/habemus-papam/QUO_2025_106_0905.pdf>).

            Durante sua primeira fala ao povo depois da eleição desejou a paz a todos e pediu que a paz seja construída no mundo. Também citou a frase de Santo Agostinho «para vós eu sou Bispo com vocês eu sou cristão» (S. AGOSTINO, Discorsi, Discorso 340/A, 3; in Nuova biblioteca agostiniana, Opere di Sant’Agostino. Discorsi, V (273-340/A) su i Santi, Roma, 1986, p. 1003), frase que remete à sinodalidade, ao caminhar juntos como cristãos, ao exercício da autoridade como serviço. Rezemos pelo pontificado de Leão XIV e caminhemos juntos com o Papa na comunhão eclesial e na sequela Christi.

Uma boa e abençoada Semana Santa a todos.

Fraternalmente,