O Catecismo da Igreja Católica nos números 1817 e 1818 apresentam uma sorta de definição do que é a virtude teologal da esperança, neles podemos ler que:

 “A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo […] (1817). A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos céus; protege contra o desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O ânimo que a esperança dá preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade” (1818).

            A esperança cristã neste sentido impulsiona a pessoa a olhar para além do aqui e agora, pois prospecta a olhar para o reino dos Céus, para a vida eterna e para a salvação. Além disso, remete o cristão a viver as bem-aventuranças, tendo um coração pobre e humilda, mas confiante em Deus e na vida eterna (cf. Mt 5,1-12); pois como diz São Paulo na Carta aos Romanos 8,24: “é na esperança que fomos salvos”.

            A virtude teologal da esperança como a virtude da fé já era substanciosa em Pe. Marcos desde a tenra infância, pois com 9 anos compôs orações que pedem as beatitudes eterna e a salvação, manifestando assim desde criança a sua fé em Deus e a esperança da salvação e da vida eterna, demostrando ao mesmo tempo, que esses valores espirituais tinham preeminência em sua vida.

            Pe. Marcos em sua vida procurou sempre ser fiel à vida cristã. Quando trabalhava como secretário da República de Veneza mantinha distância dos divertimentos e prazeres mundanos; outrossim vivia os princípios cristãos no trabalho, onde exercia o apostolado de anunciar o Evangelho como leigo aos colegas e às pessoas quem iam até seu local de trabalho.

            Movido pela fé e esperança, fundou juntamente com o irmão Antônio a Escola de Caridade em Veneza. Depois da fundação não mediu esforços para manter a obra. Confiando em Deus enfrentou as diversas dificuldades dos primeiros tempos da obra Cavanis. Confiando em resultados positivos, visitou as autoridades civis, enviou cartas e pedidos, fez viagens, enfrentou problemas e humilhações, para que a Congregação e a obra educativa pudessem se concretizar e subsistir no tempo. Na sua empreitada Pe. Marcos nas visitas junto as autoridades civis e eclesiásticas pedia ao irmão e aos confrades que o acompanhassem com a oração. A sua confiança em Deus era tamanha que em 24 de setembro de 1833 escreve ao irmão: “Quando se trata de obras para a glória de Deus, se fazem boas orações e diante das grandes dificuldades, sempre esperar o bem” (Positio, Summarium, pp. LXIII-LXIV). Destarte, a oração, como argumenta Papa Bento XVI em Spe Salvi nn. 32-34, é a escola de esperança, pois é da oração que a esperança desabrocha e impulsiona a pessoa a não esmorecer diante das dificuldades e lutar para que as coisas não se encaminhem para um fim desagradável, mas positivo.

            Na viagem para Roma para buscar a aprovação da Congregação, movido pelo espírito de fé e esperança visitou e rezou em muitos lugares sagrados na confiança da ajuda divina para o bom êxito do seu intento. Diante das dificuldades de sua missão em Roma não esmoreceu, continuou a rezar nos Santuários, onde reaviva e crescia na esperança em Deus e, ao mesmo tempo, encontrava conforto e força em sua luta para levar a bom termo a aprovação da Congregação.

            Em síntese, Pe. Marcos Cavanis é exemplo de um homem de esperança, pois tinha confiança em conseguir nas dificuldades e necessidades, com a ajuda divina, o necessário para levar em frente a Congregação e sua obra educativa para formar a mente e o coração de crianças e jovens, que nós seus filhos espirituais somos chamados a dar prosseguimento no mesmo espírito de fé e esperança em Deus e num mundo melhor.

Comunicados

A Semana Missionária Cavanis, ao nível de Congregação, será celebrada entre os dias 05 a 10 de outubro, em comemoração ao “Dies Natalis” do Pe. Marcos Cavanis no dia 11.

Dia 06 de outubro – Aniversário do Pe. João da Cunha, missionário brasileiro na Itália, parabenizamos pelo aniversário natalício, que a graça e a bênção de Deus sejam abundantes em sua vida e missão.

No dia 09 de outubro – Dentro da Semana Missionária Cavanis, o Projeto “Entra na alegria da Missão Cavanis”, celebra a data da sua fundação.

Dia 11 de outubro – “Dies Natalis” do Pe. Marcos Cavanis e encerramento do triênio jubilar.

Dia 11 de outubro – Dia do leigo Cavanis.

Dia 11 de outubro – Aniversário de ordenação Presbiteral do Pe. Marcio Campos Da Silva, parabenizamos pelo aniversário de ordenação, e desejamos um fecundo e abençoado ministério.

Dia 12 de outubro – Aniversário da ordenação Presbiteral do Pe. Tadeu de Biasio, parabenizamos pelo aniversário de ordenação e desejamos um fecundo e abençoado ministério.

Dia 12 de outubro – Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.

Fraternalmente,

Padre Rogério Diesel, CSCh – Superior provincial